Cuidado com as batidas da cabeça das crianças.
Criança quando bate a cabeça quase sempre é motivo de pânico para a mãe, o pai ou quem estiver por perto.
Previnir é o melhor, mas um galo ou outro será inevitável na vida de seu filho. Saiba o que fazer ao se deparar com esse acidente tão típico da infância.
A cabeça do Bebê
Os bebês geralmente ficam em locais muito altos se levarmos em conta o seu tamanho – isso inclui o seu colo -, e uma queda fica mais perigosa. Os riscos aumentam quando eles começam a se movimentar sozinhos. Mas sabe aquela coisa de dizer que a natureza é sábia? “A cabeça do bebê é mais resistente aos traumatismos já que, como ainda esta em crescimento, tolera melhor pequenos aumentos da pressão intracraniana”, explica o pediatra Márcio Moreira, do Hospital Israelita Albert Einstein (SP). Isso também diminui os riscos de fraturas. Por outro lado, uma lesão interna é mais difícil de ser identificada.
Moleira e o Desequilíbrio
Você sabia que a cabeça do bebê mede um terço de seu tamanho total ao nascer e atinge 50% em poucos meses? Por isso as crianças pequenas se desequilibram fácil: sua cabeça é grande e pesada em relação ao corpo. A fontanela ou moleira permite esse crescimento e se fecha entre os 12 e os 24 meses. Se houver choque nessa região, observe se a moleira incha ou afunda.
“Crianças aprendem muito rápido. Se um dia não rolavam ou ficavam em pé, no outro já conseguem. É a novidade de se sustentar e se mover que causa os desequilíbrios”, explica Carlos AugustoTakeuchi, neurologista pediátrico do Hospital Infantil Sabará (SP).
Onde mora o perigo
A intensidade da pancada é o que mais importa. No entanto, o local onde ela ocorre precisa ser levado em conta. Nos bebês, a região da moleira é uma das mais sensíveis assim como, em qualquer idade, a área atrás das orelhas, bem na lateral da cabeça. Por ali passam artérias que podem se romper, criando hematomas.
Cuidados imediatos
Tentem não entrar em pânico.A criança já vai estar assustada e acalma-la fará com que você possa avaliar melhor a situação. Tombos e trombadas fazem parte do aprendizado. Passado o susto, observe se há cortes, sangramentos ou hematomas (os famosos roxos). Você pode fazer compressa com gelo, sempre protegido por um pano, para diminuir o inchaço.
Você não pode passar pasta de dente nem colocar nada quente, pois dilata os vasos sanguíneos. Se a criança ficar bem logo, da para observa-la em casa.
As 12 horas seguintes à batida são as mais importantes, mas fique atento pelos próximos dois dias se não há nenhuma alteração de comportamento. Um estudo publicado na edição deste mês da revista Pediatrics analisou 40 mil casos e apontou que, com um pouco de observação, as tomografias e raios X em crianças que batem a cabeça poderiam ser reduzidos para a metade. Em caso de duvida, ligue para o pediatra.
Caso de Pronto-Socorro
Se o seu filho desmaiar, vomitar uma mais vezes, mostrar desorientação, continuar muito irritado depois de 15 minutos da queda, ficar muito mole e sem pique ou se o machucado não parar de sangrar, não pense duas vezes e vá ao hospital. Esses sintomas podem aparecer mesmo horas depois.
Dormir ou não dormir
As instruções não são tão rígidas assim. Você pode, sim, deixar seu filho dormir. A sonolência é normal após a batida e uma cochilada de ate 20 minutos ajuda a relaxar. O que não pode é um sono muito profundo por mais de três horas seguidas, em que a criança não acorda logo que você chama ou para mamar, no caso dos bebês.
Pergunte ao seu filho
Se ele já sabe falar, pergunte se ele esta tonto, enjoado, aonde dói, se sente sono. No caso de você não estar por perto na hora do acidente, pergunte para a pessoa que estava com ele, o que estava fazendo quando bateu a cabeça, se estava em pé, sentado, correndo, de qual altura e de onde caiu, em que parte da cabeça foi a pancada e como foram as reações de seu filho.
Prevenção, o melhor remédio
“Por esta no colchão, as pessoas acham que a cama do casal é segura, mas não é nada se a crianças estiver sozinha”, alerta Simone de Campos Vieira Abib, cirurgiã pediátrica da Unifesp e presidente da ONG Criança Segura. Berços devem ser regulados: conforme seu filho começa a ficar em pé e se apóias nas laterais posicione a grade acima da linha dos mamilos, para evitar quedas. Retire tudo que puder servir de apoio.Se ele já cresceu demais, é hora de passa-lo para a cama. Proteja escadas com grades e ensine que ele não deve subir na privada com a tampa fechada, pois ela pode se quebrar. E, por ultimo, a regra mais importante: um adulto sempre por perto atento.
Fonte: Revista Crescer
Previnir é o melhor, mas um galo ou outro será inevitável na vida de seu filho. Saiba o que fazer ao se deparar com esse acidente tão típico da infância.
A cabeça do Bebê
Os bebês geralmente ficam em locais muito altos se levarmos em conta o seu tamanho – isso inclui o seu colo -, e uma queda fica mais perigosa. Os riscos aumentam quando eles começam a se movimentar sozinhos. Mas sabe aquela coisa de dizer que a natureza é sábia? “A cabeça do bebê é mais resistente aos traumatismos já que, como ainda esta em crescimento, tolera melhor pequenos aumentos da pressão intracraniana”, explica o pediatra Márcio Moreira, do Hospital Israelita Albert Einstein (SP). Isso também diminui os riscos de fraturas. Por outro lado, uma lesão interna é mais difícil de ser identificada.
Moleira e o Desequilíbrio
Você sabia que a cabeça do bebê mede um terço de seu tamanho total ao nascer e atinge 50% em poucos meses? Por isso as crianças pequenas se desequilibram fácil: sua cabeça é grande e pesada em relação ao corpo. A fontanela ou moleira permite esse crescimento e se fecha entre os 12 e os 24 meses. Se houver choque nessa região, observe se a moleira incha ou afunda.
“Crianças aprendem muito rápido. Se um dia não rolavam ou ficavam em pé, no outro já conseguem. É a novidade de se sustentar e se mover que causa os desequilíbrios”, explica Carlos AugustoTakeuchi, neurologista pediátrico do Hospital Infantil Sabará (SP).
Onde mora o perigo
A intensidade da pancada é o que mais importa. No entanto, o local onde ela ocorre precisa ser levado em conta. Nos bebês, a região da moleira é uma das mais sensíveis assim como, em qualquer idade, a área atrás das orelhas, bem na lateral da cabeça. Por ali passam artérias que podem se romper, criando hematomas.
Cuidados imediatos
Tentem não entrar em pânico.A criança já vai estar assustada e acalma-la fará com que você possa avaliar melhor a situação. Tombos e trombadas fazem parte do aprendizado. Passado o susto, observe se há cortes, sangramentos ou hematomas (os famosos roxos). Você pode fazer compressa com gelo, sempre protegido por um pano, para diminuir o inchaço.
Você não pode passar pasta de dente nem colocar nada quente, pois dilata os vasos sanguíneos. Se a criança ficar bem logo, da para observa-la em casa.
As 12 horas seguintes à batida são as mais importantes, mas fique atento pelos próximos dois dias se não há nenhuma alteração de comportamento. Um estudo publicado na edição deste mês da revista Pediatrics analisou 40 mil casos e apontou que, com um pouco de observação, as tomografias e raios X em crianças que batem a cabeça poderiam ser reduzidos para a metade. Em caso de duvida, ligue para o pediatra.
Caso de Pronto-Socorro
Se o seu filho desmaiar, vomitar uma mais vezes, mostrar desorientação, continuar muito irritado depois de 15 minutos da queda, ficar muito mole e sem pique ou se o machucado não parar de sangrar, não pense duas vezes e vá ao hospital. Esses sintomas podem aparecer mesmo horas depois.
Dormir ou não dormir
As instruções não são tão rígidas assim. Você pode, sim, deixar seu filho dormir. A sonolência é normal após a batida e uma cochilada de ate 20 minutos ajuda a relaxar. O que não pode é um sono muito profundo por mais de três horas seguidas, em que a criança não acorda logo que você chama ou para mamar, no caso dos bebês.
Pergunte ao seu filho
Se ele já sabe falar, pergunte se ele esta tonto, enjoado, aonde dói, se sente sono. No caso de você não estar por perto na hora do acidente, pergunte para a pessoa que estava com ele, o que estava fazendo quando bateu a cabeça, se estava em pé, sentado, correndo, de qual altura e de onde caiu, em que parte da cabeça foi a pancada e como foram as reações de seu filho.
Prevenção, o melhor remédio
“Por esta no colchão, as pessoas acham que a cama do casal é segura, mas não é nada se a crianças estiver sozinha”, alerta Simone de Campos Vieira Abib, cirurgiã pediátrica da Unifesp e presidente da ONG Criança Segura. Berços devem ser regulados: conforme seu filho começa a ficar em pé e se apóias nas laterais posicione a grade acima da linha dos mamilos, para evitar quedas. Retire tudo que puder servir de apoio.Se ele já cresceu demais, é hora de passa-lo para a cama. Proteja escadas com grades e ensine que ele não deve subir na privada com a tampa fechada, pois ela pode se quebrar. E, por ultimo, a regra mais importante: um adulto sempre por perto atento.
Fonte: Revista Crescer
0 comentários:
Postar um comentário